Youssef, o judeu errado
Ficção - 2021
Sobre o livro, Carlos Jorge Appel escreve:
Vale como narrativa, como ficção com personagens, situações, conflitos, paisagem.
O narrador mantém uma perspectiva realista e racionalista sobre um problema histórico de fundo religioso e místico; há uma reinvenção, reinterpretação de a um assunto milenar, marcando inclusive os contrastes sociais, econômincos e políticos de um período importante da história, a ponto de fazer inevitável comparação com o que ocorre hoje.
Curioso é que li A Obra em Negro, de Marguerite Yourcenar, um trabalho admirável sobre o terreno movediço da Idade Média em trânsito para a Renascença. Por que me lembrei de Yourcenar?
As épocas são outras, mas ambos os trabalhos buscam recuperar, reavaliar e reinventar o passado e trazê-lo para perto da gente.
Há ideias preciosas sobre a guerra, hostilidade, justiça, machismo, sonho, amor – questões universais, milenares e modernas.
E o livro cresce nas últimas cenas e fecha muito bem.